Quando ela foi me agradecer e prestar as devidas homenagens, uma lembrança aleatória me ocorreu. Eu e ela temos cinco anos de diferença e, quando menores, costumávamos trocar brinquedos. Eu te dou esse e tu me dá aquele. Eu, já mais velha, sempre pagando de espertinha - trocando anel de plástico mágico pela barbie do último aniversário dela. Depois de muito escambo, um problema começou a acontecer: a gente trocava e ela esquecia do nosso trato. Acabava que o meu brinquedo e o dela ficavam na gaveta dela, embaixo da cama dela, dentro da casinha de brinquedo dela, o que - convenhamos - é um absurdo. A solução que eu encontrei foi simples. Comprei um caderninho, do Garfield, e cada vez que trocávamos alguma coisa eu escrevia lá: "A Júlia trocou comigo um carrinho rosa por uma polly de sutiã amarelo", depois fazia ela assinar. Eu com meus 7 ou 8 anos, ela com seus 2 ou 3. Eu, advogada.
O caminho percorrido pelo impulso elétrico emitido pelo meu neurônio segue descrito no próximo post.
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