terça-feira, 31 de dezembro de 2013

sleep or move on

not able to speak or draw, she slept. all day long. all night long. all week long. but once she woke up feeling kidnapped from her bed, she decided that the best idea would be sleep again. and she tried. again and again and again and again but she couldn't. then the second plan was move on.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

want to have a good time

faltam 14 dias pro fim da 2013ª sequência de 365 dias desde que um menino nasceu e ganhou incenso de presente por causa disso.
eventualmente interrompida pelo mistério anos bissextos, que existem em prol da confusão que é ter gente que acha que sabe de alguma coisa contando o nosso tempo por aí, esse ano contou com a minha presença pelo 18º ano consecutivo. por falta de opção de balada e/ou espaço-tempo e/ou não, cá permaneço, com prazer, por sabe-se lá mais quantas primaveras, embora eu tenha uma série longa de reivindicações pro ano que nos segue.
e ninguém liga. afinal people care about me desde que eu seja capaz de providencias por aí umas sequências de segundos, minutos ou no máximo algumas horas de good time. afinal, este ano eu descobri que é por essas e umas poucas outras que eu tu ele nós vós eles continuamos por terra. we just want to have a good time. all the time. então por hora essa também vai ser a minha reivindicação. ou pedido de colaboração. ou sonho. ou egoísmo.
e talvez ainda dê tempo. falam as más línguas por aí que eu tenho 14 dias. pra revelar o filme das fotos da minha última viagem, pra chorar dinheiro não-sei-com-quem pra visitar o Alegrete, pra perceber que assim eu não vou passar no vestibular, pra fazer uso da minha maioridade e ir no beco de uma vez, pra trocar as luzinhas de natal da minha parede, pra aprender a trocar a água que dá vida pras minhas flores que hoje estão tristes (acho que alguém morreu), pra pedir pra minha vizinha parar de fumar, pra esse ano acabar.
porque olha, de novo, chega de sequência 2013.
que droga.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

se ou

não sei se

mastigo ou engulo
calo ou falo
fico ou fujo
beijo ou mordo
pisco ou durmo

se carne ou sangue
se mão ou boca
se pé ou pêlo
se unha ou cabelo

se chão ou nuvem
se escada ou subsolo
se caixa ou bola

no fim
me durmo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

caí

Muito intenso isso tudo de se formar e de ter tanta gente emocionada a tua volta. Agora é aquela hora em que eles nos liberam pra abraçar os colegas, ainda bem, estou com dor no pé. Parabéns! Ah, parabéns pra ti também. Obrigada. Obrigada por tudo. Pois é, demorou eu acho. A gente conseguiu, achei que não ia dar. Parabéns! Obrigada! Que bom que tu veio. Já tem que voltar? Ah, obrigada, querido! Mas eu não ouvi nenhuma corneta mandando voltar. Voltei. G4.
Chato isso de eu não estar chorando. Ainda. Ainda? Mas imagina agora, daqui pra frente, não sei. Ou sei, mas que estranho. Perceber que provavelmente eu nunca mais vou ver a minha turma toda, junta. Mentira, amanhã tem o baile. Mas depois tem o vestibular, coisas ruim de se pensar agora, azar. Tontura. Tô tão pronta. Pro depois do vestibular. E que droga de tontura, não era pra estar, tô mexendo meus dedinhos desde cedo. Não sei que curso ela quer fazer, tenho que perguntar... Afinal isso não é hora de desmaiar. Acho que se eu pôr a mão na nuca e pressionar dá uma melhorada. Todo mundo deve estar olhando pra mim agora, que droga. Vira pra direita. Seis passos. Caí.
E acordei num dos poucos lugares do mundo em que eu sei que sempre vai ter um pra me salvar. No banco da arcada do lado da SEF e depois numa maca, pedi pra alguém levantar minhas pernas enquanto minha mãe me observava por cima com aquela cara de "só tu mesmo, Marcela". "Tu comeu antes de vir?" Comi, não sei se o suficiente. Mas acho que faz uma hora que eu não me mexo direito. Dois professores queridos, o pessoal da sessão de saúde, meus pais. Tá vindo a tua água. E o médico. "Foi só desmaio mesmo?", com uma caixinha de remédios azuis balançando na mão. Não sei, não sou médica. Acho que eu pensei de mais e dei uma morridinha. "Vamos voltar, tu tá bem? Tem que voltar, hoje tem que voltar."
Levantei e chega. De bobagem, te acorda. Tem outro copo d'água? Vou entrar pela conversão e ninguém vai ver. Tá bem mesmo? Tô. Eu sempre desmaio. De fome, de palidez ou de mindblow, eu sempre desmaio. Já pareço mais coradinha? Vou lá.
Aos gritos, minha série me botou pra dentro do nosso bloco de gente caminhante e pensante pra eu acabar de me formar. "Que susto, quase morri contigo, não faz mais isso." Não faço, desculpa, tô bem. Na verdade meio grog. Palmas. Gritos. Tô bem. Acabei o ensino médio. Que fase. Estou ótima. Regada a chuva de prata. É, estou muito bem.