terça-feira, 30 de agosto de 2011

foreing?

seriously thinking about start post in english here. thanks for the foreing visitors that doesn't speak english and i don't know what are doing here. thanks for blogger to show who read me. thanks god to make us thank u to read it until the end thanks, thanks, thanks - thanks, thanks you. bravo.

Telas Brancas

Aprendi com o tempo que reclamar só muda alguma coisa se tu falares bonito e se tu tiveres credibilidade. Caso tu saibas falar bonito, vão te achar maduro e inteligente o suficiente para ser ouvido. Caso tu tenhas credibilidade, o que foi ouvido pode - quem sabe - ser levado adiante. Para que tu sejas ouvido tu não precisas de um discurso bonito, a nível de Nelson Mandela ou Obama. Tu podes falar a maior asneira da história da humanidade, se for com firmeza e beleza tu coloca um país - quem sabe 4 - contra uma raça. Tu coloca o que tu quiseres dentro de qualquer cabeça vazia.
Cabeças vazias, telas brancas sem verniz. Tinta tem aos montes por aí. À óleo mata. Acrílica não sai do tecido. De tecido só não sai de tecido. Guache dura dois dias. Caneta permanente não atrapalha o leitor de drive de CD e sangue sai com OMO tripla ação.
Colégios e escolas, lojas de pintura. Bandos e tribos e clãs de adolescentes telas brancas e um clima de paintball.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

descobri

Acordo cedo e durmo tarde, todos os dias, com um monte de coisa para fazer. Desde instalar o jogo que a minha irmã tanto gosta até os milhares de exercícios de história, química, biologia, pinguim, cadeira e aquário. Hoje foi diferente.
Na verdade não foi diferente. Tudo foi igual mas consegui conversar com meu ser, finalmente. Quando? Descobri que eu não consigo parar para pensar, mas consigo pensar caminhando. Descobri que ao sair de um lugar e escolher o caminho mais longo, não tenho outra opção se não caminhar até em casa. Descobri que posso me desesperar no meio do caminho, lembrando do que tenho e do que preciso fazer, mas concluí que não vai ter jeito: vou ter que caminhar até lá, é a única opção. Até porque eu nunca tenho dinheiro para um táxi.
Descobri que posso matar dois períodos de Ed. Física de manhã e compensá-los, na caminhada até em casa, com gasto de energia e reflexão. 
Aprendi que preciso aprender a fazer três meios de coisa ao mesmo tempo. Três meios é um vírgula cinco.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Suficientemente Complicado

Nasci saudável. Nunca quebrei um osso. Chorei pra ir pra creche. Desisti.
Aprendi a ler rápido. Meu cabelo era liso. Sempre tive amigos. Sei fazer contas. Tenho notas altas. Nunca ninguém me mandou fazer o tema. Nunca ninguém me mandou estudar. Peguei recuperação. Uma vez.
Nunca dormi na casa de uma amiga depois de uma festa. Nunca tomei um porre. Nunca tomei vodka. Nunca namorei sério. Sou virgem. Meu grau de comportamento é 9,40. Atrasei-me duas vezes.
Não uso só roupas pretas. Tenho blusas com flores. Uso grampinhos no cabelo. Uso óculos escuros. Não gosto de brincos compridos. Não gosto de roupa colada. Não uso saias curtas. Não uso decotes. Tenho um piercing. Na orelha.
Não uso drogas. Não preciso trabalhar. Tenho comida em casa. Minha cama é quente. Tenho roupas pra emprestar. Uso roupas emprestadas. Tenho tênis all star. Ganho mesada todo mês. Ganhei uma câmera legal de aniversário. Ganhei um notebook do nada. Não sei o que pedir de aniversário esse ano. Não preciso de mais nada.
Lido bem com hierarquia. Tenho características de uma líder. Consigo ser criativa. Gosto de tirar fotos. Não sou loira. Uso calça jeans. As paredes do meu quarto são brancas. Minha cama é de madeira. Meu celular é preto. Uso meias brancas. Prefiro anéis de prata. Adultos gostam de mim. Gosto de adultos. Gosto de crianças. Não gosto de sair sem maquiagem. Mas às vezes eu esqueço.
Tenho alguns problemas. Nenhum suficientemente complicado.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mexicano Hare Krishna

Depois de duas semanas dormindo até às duas horas da tarde, hoje tive que acordar às seis. Não pra ir no zoológico, nem pra viajar, nem pra ir pra beira do mar - mas pra ir pra aula. As férias acabaram e eu ainda não me toquei que é sério. Acordei, sentei, beijei o meu gatinho pelinho quentinho, criei coragem e fui pro banheiro. Depois de toda aquela ladainha chamada higiene, me vesti and put my makeup on. Tirei uma carne crua que tava no microondas pra descongelar, coloquei em cima do fogão e esquentei meu café.
Meio grog fui pro colégio e lá fiquei, sentada, rindo e assistindo aula. Ou não. Só sei que demorou mas acabou, 12h40 eu me levantei correndo, almocei com duas amigas e acompanhei uma delas até o curso de inglês. Ainda rindo.
Voltei sozinha, ainda rindo (por dentro). Feliz mesmo. De repente um moço me atacou: "Licença", respondi "Não, obrigada!", ainda rindo. E ele "Mas é um livro pra você!". Não entendi nada e fui embora.
Andei mais um pouco e, na mesma rua, um moço alto e oriental me chamou "Marcela, com licença". Falava um portuñol brabo e tinha o cabelo raspado, usava uma roupa bem simples. Disse que sabia meu nome porque leu na minha farda, que era de uma comunidade hare krishna, que era do México, que eu podia escolher um livro e que eu podia doar algum dinheiro - de coração. E eu acreditei em tudo.
Fiz umas outras perguntas, olhei os livros, escolhi um sobre o Karma e me desculpei por não ter dinheiro ali na hora. E não tinha mesmo. Fui pra casa correndo, larguei minhas coisas e o livro, abri a carteira que tava dentro da minha bolsa e tirei uma nota de vinte. Saí de casa, correndo de novo, pra tentar encontrar o moço.
Não tava mais lá.