segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mexicano Hare Krishna

Depois de duas semanas dormindo até às duas horas da tarde, hoje tive que acordar às seis. Não pra ir no zoológico, nem pra viajar, nem pra ir pra beira do mar - mas pra ir pra aula. As férias acabaram e eu ainda não me toquei que é sério. Acordei, sentei, beijei o meu gatinho pelinho quentinho, criei coragem e fui pro banheiro. Depois de toda aquela ladainha chamada higiene, me vesti and put my makeup on. Tirei uma carne crua que tava no microondas pra descongelar, coloquei em cima do fogão e esquentei meu café.
Meio grog fui pro colégio e lá fiquei, sentada, rindo e assistindo aula. Ou não. Só sei que demorou mas acabou, 12h40 eu me levantei correndo, almocei com duas amigas e acompanhei uma delas até o curso de inglês. Ainda rindo.
Voltei sozinha, ainda rindo (por dentro). Feliz mesmo. De repente um moço me atacou: "Licença", respondi "Não, obrigada!", ainda rindo. E ele "Mas é um livro pra você!". Não entendi nada e fui embora.
Andei mais um pouco e, na mesma rua, um moço alto e oriental me chamou "Marcela, com licença". Falava um portuñol brabo e tinha o cabelo raspado, usava uma roupa bem simples. Disse que sabia meu nome porque leu na minha farda, que era de uma comunidade hare krishna, que era do México, que eu podia escolher um livro e que eu podia doar algum dinheiro - de coração. E eu acreditei em tudo.
Fiz umas outras perguntas, olhei os livros, escolhi um sobre o Karma e me desculpei por não ter dinheiro ali na hora. E não tinha mesmo. Fui pra casa correndo, larguei minhas coisas e o livro, abri a carteira que tava dentro da minha bolsa e tirei uma nota de vinte. Saí de casa, correndo de novo, pra tentar encontrar o moço.
Não tava mais lá.

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