segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Simular

Modelo: um grupo de engajados alunos se reúnem para discutir geopolítica e/ou política externa frente a uma simulação de tribunal internacional, seguindo regras oficialmente instituídas pela Organização das Nações Unidas. Cada boa alma representa uma nação num comitê. Cada comitê discute um tópico de importância mundial. Tópicos são discutidos em espaços de tempo denominados sessões. Ao final de cada sessão, espera-se a aprovação de uma resolução. Em uma resolução descreve-se uma solução para o problema exaustivamente discutido nas sessões anteriores. Esta é  confeccionada pelos delegados do comitê e votada, sendo aprovada somente se maioria aprová-la. Utiliza-se o verbo "simular" para designar o ato de participar de um evento desses.
E sim, eu gosto dessa loucura nerd. Gosto de simular. Simulei pela primeira vez no primeiro de semestre desse ano. Defendi a Somália - que é um país que se encontra numa situação.. complicada - no comitê da UNESCO - que é responsável por debater o direito à educação e a liberdade religiosa. Somália, educação, religião. Complicado. Mas foi foda. Tão foda que no final do evento fui eleita melhor delegada. Fiquei feliz mas passou.
Setembro do mesmo ano me aparece a oportunidade de simular de novo, em Brasília, com um grupo de 20 loucos parecidos comigo. Fui correndo, sob efeito de Dramim, sabendo que dessa vez faria parte do curioso grupo que faz a cobertura jornalística e administra as coletivas de imprensa. Trabalharia na Agência de Comunicação como repórter. Além das toneladas de aprendizado, voltei pra Porto Alegre conhecendo muita gente legal. Gente foda da capital. Daí no final eu ganhei outra menção honrosa, de melhor repórter.
Voltei pra casa perto do feriado da Revolução Farroupilha, aquela semana que o bairrismo vira lama de tão grosso, e tive tempo pra parar e pensar. Voltei feliz, com uma sensação de dever cumprido, de que sim - eu sei fazer alguma coisa. Essa coisa se chama argumentar, defender, encher o saco de alguém, não desistir de tentar convencer. Essa coisa se chama advogar. Essa coisa se faz com uma carteira da OAB, com uma faculdade de direito.
Mas eu não quero. Eu quero design. Mas eu quero, também. É bom e eu sei fazer. Mas design. Mas.
Tenho dois anos pra pensar nisso, aceito opiniões.

4 comentários:

  1. pois não. provavelmente não. de setembro de 2011 pra cá me envolvi muito mais com brigas e argumentos do que com os meus banners e cartazes. nunca parei de (tentar) criar, mas acho que já sei com qual lado me conformo melhor.

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  2. Eu queria arquitetura.
    Quando pequeno tinha uma revista com fotos só de quartos de criança. De camas, de brinquedos, televisões. De menino e de menina.
    Uma amiga da minha mãe reformava a casa e comprava um monte daquelas revistas. Eu me entretia por horas... mais do que com video game

    Depois eu mudei
    E há algum tempo já não encontro mais a revista

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  3. compra outra! catálogo da tok stok, super recomendo. também é de menino e de menina, de camas, brinquedos e televisões. só aí não perde

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