segunda-feira, 24 de junho de 2013

eco-chatos-nomia

"O show tem que continuar", disse alguém em um dia em que ele quase parou - hipótese impensável para os dias atuais. Mais rápido do que o curso dos rios e que a sedimentação do petróleo, o mundo se desenvolve favorecendo os seguidores da filosofia empresarial do carpe diem, que explora o mais barato para crescer e ganhar do resto - de preferência ainda hoje.
Nesse cenário, surgem os "ecochatos". Com suas "ecobags", "ecocosas" e "ecolâmpadas", eles muitas vezes se esquecem de outra palavra parecida: a "economia". Esta sim, principal fonde de energia para o crescimento do mundo atual, é a primeira que deve ser mantida sustentável, pelo bem daqueles que não podem se dar ao luxo de pensar no depois de amanhã. Argumentos simples e fundamentais dos desenvolvimentistas no conflito contra os ditos sustentáveis, como a importância da estabilidade da energia produzida ou da qualidade do produto vendido, geralmente inviabilizam as ideias verdes daqueles que tentam projetar o futuro distante da humanidade.
Mas essa briga não exige um forte posicionamento, mas coerência. A utilização de fontes instáveis e renováveis de energia em locais propícios e de forma complementar, por exemplo, pode tornar viável um grande investimento nessa área para os bem aventurados do cenário econômico atual - os ditos "países desenvolvidos". Os ainda "em desenvolvimento", como a própria convenção internacional diz, sairiam com uma desvantagem ainda maior caso o crescimento não fosse priorizado antes de qualquer "ecopossibilidade".
Assim, embora normalmente perdendo,  segue na batalha o conceito de desenvolvimento sustentável, que ainda não é capaz de sustentar todos os âmbitos do crescimento, que depende de muito mais do que matéria-prima e eletricidade. À espera do dia em que o ideal será encontrado, continuamos exigindo o de sempre: a casa e a comida mais barata, a informação e a educação de qualidade e o crescimento e o desenvolvimento do mundo que gira em torno da nossa realidade. A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte.

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