sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Engraçado.

o lugar pra escrever (onde ninguém vai ler) sem limite de 140 caracteres apareceu na hora certa.
hoje, mais cedo, depois que escrevi fiquei pensando no que aconteceu desde aquele dia de setembro.
muita coisa. tanta coisa. acho que eu melhorei. e hoje é natal
A um tempo atrás, uma coisa mudou e eu sofri, sofri muito. Mas a gente se acostuma. A ferida sarou e tudo ficou normal denovo, um novo 'normal'. Uma rotina adaptada depois de uma amputação. Consegui me adaptar sem terapia ocupacional e sem direito a vaga que está sempre vazia no estacionamento do shopping
O problema maior era nunca perder aquele pedaço, que a gente lembra e às vezes ele coça, não tem como entender a cabeça da gente. Uma vez a cada uma ou duas semanas, um choro aqui outro de lá, varia.
Mas tudo volta com a data mais estranha (talvez hipócrita) do ano, onde ateus ganham presentes, se come o presépio na janta, se dorme bem tarde, se acorda com ressaca do champagne que a vó comprou e os familiares distantes (que se odeiam ou não) se abraçam e contam, com frases vazias, as novidades do ano. Junto com toda essa bomba, lá veio a minha coceira.
Esse ano está sendo diferente. Não sei o que fazer. Não vou fazer nada. Ou meu membro volta e continua coçando, ou corto tudo de uma vez.

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