segunda-feira, 11 de julho de 2011

fico triste

nasci nos anos noventa, cheio de novidades, cores e robôs. junto comigo cresceram meus colegas, a maioria dos meus amigos. todos os que eu trato de igual pra igual, todos os que eu critico como critico a mim mesma.
cresci sempre achando estar ligada no mundo. na rua na fora, no jornal nacional, na zero hora ou no diário gaúcho. cresci mais e mudei de realidade, de um ambiente confortável e branco luxo para um centenário do governo amarelo cheddar. gostei.

gostei tanto que lá estou eu, até hoje. só saio de lá quando realmente for preciso. vai demorar. mas às vezes retorno àquela realidade antiga, de beleza e calmaria, que um dia me vi imersa.

fico triste.
fico triste em ver que meus semelhantes, aqueles que tiveram tantas ou mais oportunidades do que eu, aqueles que viveram na bolha de quem vive em cima, cometem erros tamanhos. erros egoístas e ridículos, que envolvem desde um tsunami d'água até um carimbo eterno no ombro esquerdo.

em prol daqueles que, felizmente não tem tanto contato com esse lado da moeda, fico triste depois de ficar revoltada. revoltada com quem não tem a capacidade de abrir a janela do carro pra ver a rua de quem anda a pé.

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